Pesquisar este blog

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Ipiranga ganha metrô, mas não pode abrigar novos projetos

Ipiranga ganha metrô, mas não pode abrigar novos projetos
Palco da proclamação da Independência por Dom Pedro I, o bairro do Ipiranga ganhou recentemente duas das mais modernas estações de metrô da cidade: Alto do Ipiranga e Sacomã. Apesar disso, as construtoras já não conseguem mais aprovar grandes projetos residenciais no bairro. O metro quadrado para imóveis novos custa em média 4.048 reais. Além do Parque da Independência e do Museu do Ipiranga, o bairro também abriga o Museu de Zoologia da USP. No início do século passado, a região era predominantemente industrial. Beneficiado pela proximidade da estrada de ferro que ligava Santos a Jundiaí, o Ipiranga era escolha comum das indústrias que buscavam se aproveitar das facilidades de transporte. A inauguração da rodovia Anchieta em meados dos anos 40 reforçou esse perfil. Com o passar do tempo, no entanto, as antigas áreas industriais próximas à orla ferroviária passaram a ser incorporadas para a construção de lançamentos residenciais.

De olho em Cambuci

Cambuci é um dos bairros mais sub-aproveitados


Para Max Rezende, presidente da consultoria imobiliária Solamax, ao lado da Mooca e da Vila Leopoldina, o Cambuci é um dos três bairros da cidade que mais possuem terrenos para novas construções e que, mesmo assim, já sofrem com as restrições para construções. Localizado na região central, o Cambuci só pode comportar novos projetos já aprovados ou que não excedam o limite de isenção estabelecido pela prefeitura. Todos os 20.000 em metros quadrados colocados à disposição das construtoras pelo atual plano diretor já foram consumidos. Com forte ocupação residencial, o bairro se tornou foco das incorporadoras e construtoras por ficar próximo ao centro e ainda apresentar um custo de terreno razoável. Max Rezende, da Solamax, acredita que o plano diretor estratégico regional, elaborado em 2004, subestimou a possibilidade de expansão do Cambuci porque, naquela época, não era possível prever que a cidade passaria por tamanho boom imobiliário poucos anos depois.

 

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Construção Civil - A Classe média sofre para comprar imóvel, o grande problema não é a oferta de crédito, mas sim os preços astronômicos dos imóveis nos bairros tradicionais

São Paulo - As notícias sobre o setor imobiliário nos últimos anos não poderiam ser melhores. O crédito habitacional deve crescer perto de 100% em 2010; cimenteiras trabalham a todo vapor; e muito se fala na falta de mão de obra para construir os empreendimentos. Não é exagero dizer que muitas pessoas que acalentaram por anos o sonho da casa estão perto de torná-lo realidade.
 A Caixa Econômica Federal (CEF), por exemplo, deve bater neste ano seu recorde de concessão de crédito habitacional, de 70 bilhões de reais. A despeito da melhoria evidente, ainda não dá para afirmar que as facilidades para aquisição de um imóvel estão ao alcance de todos.
O mercado, afirmam os especialistas, possui nuances e muitas famílias ainda têm dificuldade de acessá-lo. O principal motivo é a forte valorização nos preços dos imóveis, principalmente nos bairros tradicionais da classe média - transformados hoje em redutos das classes mais abastadas.
O programa 'Minha Casa, Minha Vida' - criado pelo do governo Lula em 2009 com o objetivo de aliviar o déficit habitacional, estimular o crédito e a construção civil - exerce um duplo papel. Ao mesmo tempo em que atua como provedor de moradia a crédito facilitado às classes D e E, financiando imóveis de até 130 mil de reais, o plano acaba por, involuntariamente, trazer efeitos indesejados a outra parcela da população.
Trata-se daquela classe média que paga aluguel e cuja renda é igual ou superior ao teto estabelecido para se beneficiar do programa (de, no máximo, 4 800 reais por família). O problema, de acordo com os especialistas, são os preços elevados, que dificultam o financiamento.
Pesquisa do Ibope revela que, de junho do ano passado até igual mês deste ano, os valores dos imóveis tiveram alta média de 22%, na esteira do crescimento do país, da expansão do crédito e, sobretudo, do impacto do programa federal.
O professor de finanças do Insper, Alexandre Chaia, explica que, quando um fator externo e poderoso como o programa 'Minha Casa, Minha Vida' (que responde hoje por cerca de 80% dos contratos da Caixa) entra no mercado, o efeito é uma súbita alteração de todas as curvas de preços.





Com a Copa de 2014, as Olimpíadas e todo o crescimento projetado para o setor imobiliário, restam poucas esperanças para a classe média entrar na euforia de uma casa própria perto das residências de seus parentes ou próxima a metrôs (no caso das capitais).
Segundo Alexandre Chaia, a única saída seria se os bancos prolongassem os prazos de financiamento para esta parcela da população. "Mas eles não farão isso. Estão ganhando muito dinheiro com o 'Minha Casa, Minha Vida' para se preocupar com outro segmento de público", diz o professor.
A classe média pode, é claro, procurar as linhas de crédito com recursos livres dos bancos, mas suas taxas são muito superiores às alternativas de crédito direcionado (com ‘funding’ da poupança ou dos recursos do FGTS). Em muitos casos, a taxa de juros anual destas modalidades ultrapassa a casa dos dois dígitos.
Outra opção é partir para a aquisição de um imóvel na planta, geralmente facilitada pelas construtoras. Neste caso, o comprador tem de tomar cuidado para não cair nas armadilhas das parcelas corrigidas pela inflação da construção. "Em todos os períodos econômicos, há sempre um grupo que sai perdendo", afirma Martelanc, da FEA-USP.
Enquanto as perspectivas não melhoram, a saída é assistir ao sucesso dos que conseguem se beneficiar do bom momento. A construtora MRV, por exemplo, especializada em imóveis para a baixa renda, com 84% de seus lançamentos incluídos no programa do governo federal, festeja o ano espetacular. "Agora, estamos só esperando pelo Minha Casa, Minha Vida 2!", comemora Cristiano Chiab, diretor de crédito imobiliário da companhia.
Simulações para classe média
Para uma família de três integrantes com renda familiar bruta de 5.000 reais adquirir um imóvel usado de 60 metros quadrados em Santana (bairro de classe média da zona norte de São Paulo), seria necessário um investimento de 200 mil reais. Ao buscar financiamento habitacional na Caixa, seria preciso uma entrada de 57 mil reais e o pagamento de prestações fixas de 1.500 reais ao longo de 360 meses (ou 30 anos).
O mesmo imóvel em um bairro mais central de São Paulo, como a Bela Vista, chega a custar 250 mil reais. Essa mesma família precisaria ter 107 mil reais (sim, o dobro de uma entrada de um imóvel de 200 mil reais) para oferecer como aporte inicial e amortizar o restante da dívida, por 30 anos, com a mesma parcela de 1.500 reais.
Caso a renda familiar subisse para 6.000 reais ao mês, as condições de acesso aos imóveis continuariam complicadas. Para o mesmo apartamento do bairro da Bela Vista, em São Paulo, ou um similar na Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro, seria preciso uma entrada de 77 mil reais e uma prestação mensal de 1.800 reais por 30 anos. Considerando as despesas de condomínio, contas de consumo, despesas com saúde e filhos, o orçamento dificilmente poderá fechar.
Leia mais notícias sobre imóveis
Siga as notícias do site EXAME sobre Economia no Twitter 

Setor imobiliário quer novas fontes de crédito

São Paulo - A crescente demanda por crédito imobiliário vem preocupando, cada vez mais, representantes das diferentes esferas ligadas ao setor de construção civil, que alertam para um esgotamento dos recursos da poupança para este fim em cerca de dois a três anos.

"Até 2013, teremos de criar novas fontes para continuar financiando o crescimento vigoroso na produção de imóveis", disse nesta segunda-feira o deputado federal Fernando Chucre (PSDB), em evento na sede do Secovi-SP (Sindicato da Habitação).
No início deste mês, a Caixa Econômica Federal elevou a previsão para liberação de financiamento imobiliário em 2010 de 60 bilhões para 70 bilhões de reais.
Vendo "um sinal amarelo" já em 2012, o presidente-executivo do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, ressalta que a expansão da oferta por crédito imobiliário deve ser suportada por medidas governamentais e por novas fontes de recursos.
"Vejo potencial enorme de crescimento... Temos estoque de financiamento imobiliário baixíssimo. No Chile, por exemplo, fica entre 30 e 40 por cento dos balanços dos bancos", disse ele.
Setubal alertou para a necessidade de se criar novos mecanismos de financiamento, apoiados em uma política de juros estáveis.
"No financiamento imobiliário, a taxa de longo prazo tem que vir para baixo. Primeiro, reduzindo a Selic. É preciso ter uma política que leve à redução da taxa Selic, mantendo a taxa de longo prazo também em baixa."
O excesso de regulamentação na área imobiliária, resultado da escassez de crédito que acompanhava o setor até pouco tempo atrás, também foi apontada por Setubal como um entrave para a ampliação da oferta de crédito. "O governo precisa pensar em uma estrutura de financiamento mais ágil, menos burocrática."

Portal Exame - 20 de setembro de 2010 

ESPAÇO CERÂMICA

Moradia, Trabalho e Lazer no mais novo bairro sustentável da Região do Grande ABC.
A Sobloco está transformando o terreno de 300 mil m² da antiga Cerâmica São Caetano, na cidade de São Caetano do Sul, em “state-of-the-art” do planejamento urbano. Trata-se do maior projeto de revitalização urbana do nosso país. Arquitetado por equipes multidisciplinares, inclusive internacionais, para o “work, live and play”, ou seja, moradia, trabalho e lazer, o plano urbanístico prevê uma ocupação de uso misto, para abrigar construções residenciais (verticais e horizontais), comerciais e de lazer, destinando ainda uma grande área para um Shopping Center. O projeto, fortemente voltado para o pedestre, visa estimular uma maior interação social e a melhoria da qualidade de vida. Além disso, no plano, mais de 30 mil m² foram reservados para áreas verdes, praças e parques públicos. Esta será sem dúvida, uma comunidade muito mais saudável e vibrante. Um verdadeiro bairro sustentável.